The people united will never be defeated - ¡Proletarios del mundo, uníos!

domingo, 14 de noviembre de 2010

Por um mundo economicamente multipolar

O mecanismo clássico de resolução das crises pelas potências capitalistas sempre foi o de exportá-las para a periferia. O próprio sistema colonial e, depois, o imperialista, era uma garantia da incapacidade de resistência dos países da periferia em defender-se dessa exportação dos efeitos mais duros da crise.


A disputa de hegemonia, no inicio do capitalismo, entre as potências coloniais emergentes, foi resolvido pela maior capacidade que uma dessas potências tinha de dominar zonas estratégicas da periferia. Foi o domínio marítimo que finalmente permitiu à Inglaterra erigir-se como potência hegemônica. O que lhe permitiu, entre outras coisas, repartir parte dos benefícios da exploração colonial até mesmo com setores da própria classe operaria britânica, que se tornou associada da exploração das colônias, no fenômeno que Lênin chamou de aristocracia operária. Diminuíram as contradições dentro da Inglaterra, aumentaram de forma correlata aquelas entre a metrópole e suas colônias. Diminuíu relativamente a questão social e aumentou a questão nacional.

A crise atual é uma reiteração do mesmo mecanismo. Os EUA, enfraquecido como potência industrial, que se vale da exploração da mão-de-obra mais barata da periferia – prioritariamente da China -, estabeleceu com esta uma relação de dependência mutua, à qual estão ambos os países presos e que prejudica o resto do mundo. As moedas dos dois países, por razões distintas, mas complementares, ficam desvalorizadas, promovendo, não por elevação da produtividade e da qualidade dos produtos, mas por um mecanismo cambiário, suas mercadorias no comércio internacional.

Ainda que os EUA preguem o livre comércio como princípio geral da sua política, praticam o protecionismo e provocarão uma onda de respostas protecionistas dos outros governos. Nenhum país pode ficar passivo diante de medidas como a do governo norteamericano de inundar de dólares o mercado. Todos têm obrigação de proteger suas economias, de não ser vítimas passivas desse verdadeiro estelionato que os EUA praticam.

Mas essa política reiterada dos EUA coloca em questão – como o Brasil está denunciando – a utilização do dólar como meio de troca universal. É um país que goza do privilégio de imprimir moeda, que se vale disso não com a responsabilidade de quem trata de uma moeda que, até aqui, funciona na prática como uma moeda universal, mas com o egoísmo de submeter o mundo aos efeitos negativos da deterioração da sua economia.

Com razão, vários países propõem substituir o dólar por uma cesta de moedas, que inclua as moedas chinesa e brasileira, para diminuir os efeitos da instabilidade do dólar. Os EUA não se mostram à altura, nem pelo enfraquecimento de sua economia, nem pelas políticas egoístas de seus governos, de dispor desse privilégio.

A construção de um mundo multipolar no plano econômico se mostra possível e necessária. No auge da crise, os países do Sul do mundo, acentuando os intercâmbios entre si, saíram da crise, sem depender da demanda dos países do centro, que continuam em recessão. É chegada a hora de reequilibrar a balança de forças no mundo no plano econômico, impedindo que as potências imperiais sigam exportando os efeitos das suas crises para a periferia.

Postado por Emir Sader às 04:14

Traducido por ai alguien le cuesta entender el portugues

El mecanismo clásico de resolución de las crisis por las potencias capitalistas siempre fue esportarlas para la periferia . El propio sistema colonial y , después el imperialista , era una garantía de la incapacidad de resistencia de los países de la periferia en defenderse de esa exportación de los efectos mas duros de la crisis.

La disputa de hegemonia, en el inicio del capitalismo, entre las potencias coloniales emergentes, fue resuelto por la mayor capacidad que una de esas potencias tenía para dominar zonas estratégicas de la periferia. Fue el domínio marítimo el que finalmente permitió a Inglaterra erigirse como potencia hegemonica. Lo que le permitió, entre otras cosas, repartir parte de los benefícios de la exploracion colonial hasta con sectores de la propia clase obrera británica, que se volvió una parte beneficiaria de la exploración de las colónias, en un fenómeno que Lenin llamó de aristocracia obrera. Disminuían las contradicciones dentro de Inglaterra, mientras aumentaban correlativamente entre la metrópoli y sus colónias. Diminuyó relativamente la cuestión social y aumentó la cuestión nacional.

La crisis actual es una reiteración del mismo mecanismo. Los EUA, reducidos como poténcia industrial, que se valen de la explotación de mano de obra mas barata de la periferia – prioritariamente de China -, estableciendo con esta una relación de dependencia mutua, en la cual estan ambos países presos y que perjudica al resto del mundo. Las monedas de los dos países, por razones distintas, pero que se complementan , quedan desvalorizadas, promoviendo, no por el aumento de la produtividad ni de la calidad de los productos, sino por un mecanismo cambiário, sus mercaderias en el comércio internacional.

A pesar de que los EUA promueven el libre comércio como princípio general de su política, practican el protecionismo y provocaran una onda de respuestas proteccionistas de los otros goboiernos. Ningún país se ouede quedar pasivo ante medidas como la del gobierno norteamericano de inundar de dólares el mercado. Todos tienen la obligacion de proteger sus economias, de no ser víctimas pasivas de ese verdadero estelionato que los EUA practican.

Pero esa política reiterada de los EUA coloca en cuestión – como Brasil lo está denunciando – la utilización del dólar como medio de intercambio universal. Es un país que goza del privilégio de imprimir moneda, que se vale de eso no con la responsabilidad de quien trata de una moneda que, hasta aqui, funciona en la práctica como una moneda universal, pero con el egoísmo de someter al mundo a los efectos negativos de deterioro de su economia.

Con razón, vários países proponen substituir el dólar por una cesta de monedas, que incluya las monedas china y brasilera, para disminuir los efectos de la inestabilidad del dólar. Los EUA no se muestran a la altura, ni por el achicamiento de su economia, ni por las políticas egoístas de sus gobiernos, de disponer de ese privilégio.

La construción de un mundo multipolar en el plano económico se muestraa posíble y necesária. En el auge de la crisis, los países del Sur del mundo, acentuando los intercámbios entre si, salieron de la crisis, sin depender de la demanda de los países centrales, que continuan en receción. A llegado la hora de reequilibrar el balance de fuerzas en el mundo en el plano económico, impidiendo que las potencias imperiales sigan exportando los efectos de sus crisis para la periferia.

Postado por Emir Sader às 04:14

Fuente : blog de Emir Sader

No hay comentarios:

Coordinadora Sindical Clasista - Partido Obrero

Coordinadora Sindical Clasista - Partido Obrero

Politica Obrera